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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
"No Iraque o motivo também era pacifista"
Presidente americano afirma que vai enviar mais 30 mil soldados ao Afeganistão nos próximos seis meses
Nova York. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou ontem o envio de mais 30 mil soldados ao Afeganistão nos próximos seis meses, numa aguardada mudança na estratégia de guerra com a qual ele espera derrotar o Taleban e permitir a saída dos Estados Unidos do Afeganistão. Atualmente há aproximadamente 58 mil soldados americanos e 42 mil soldados aliados nesse país.
Após três meses de deliberações vistas por alguns críticos como atraso e indecisão, Obama apresentou seu plano em um discurso para cadetes da Academia Militar dos Estados Unidos em West Point, Nova York. A Casa Branca diz que Obama já deu ordens a seus comandantes para o aumento das tropas.
Antes do discurso, Obama falou por uma hora por videofone com o presidente afegão Hamid Karzai. Washington vem tendo uma relação tensa com Karzai desde que Obama chegou ao poder. A tensão se agravou nos últimos três meses em função da eleição afegã marcada por acusações de fraudes.
O aumento das tropas representa uma aposta importante de Obama. Ele chegou ao poder prometendo um foco maior sobre o Afeganistão, mas vem enfrentando ceticismo de alguns assessores chaves em relação à conveniência de apostar mais vidas e dinheiro para ajudar um governo no Afeganistão amplamente visto como sendo corrupto e inepto.
Em seu discurso, Obama enfatizou que os Estados Unidos não assumiram um "compromisso por tempo indeterminado" no Afeganistão, mas querem entregar o poder a forças afegãs novamente treinadas e começar a retirar suas forças assim que isso for praticável.
Seu desafio é inverter o que os comandantes militares americanos descrevem como situação em deterioração, devido à ressurgência do Taleban. Obama também pretende persuadir Karzai, que deve escolher os integrantes de seu novo gabinete nos próximos dias, a reprimir a corrupção e melhorar a governança, em troca do apoio norte-americano.
Se prevê ainda que Obama enfatize a necessidade de o Paquistão fazer mais para combater militantes que atravessaram a fronteira do Afeganistão. A administração já disse que acertar a política em Islamabad é tão importante quanto em Cabul.
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