SEJAM BEM-VIND@S AO BLOG DO

MOVIMENTO GRITO DA JUVENTUDE!




"A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar." Martín Luther King


Seja a mudança que você deseja ver no mundo.

Mahatma Gandhi




Música

sábado, 24 de outubro de 2009

Participe Você Também



Manifesto em defesa do MST


Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais


As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo.


Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra.


Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos.


Bloquear a reforma agrária


Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola – cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 – e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura, o foco do debate agrário é deslocado dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária.


Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira.

O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais, como única alternativa para a agropecuária brasileira.


Concentração fundiária


A concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio.


Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no 1º semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano.


Não violência


A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária.


É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira.


Contra a criminalização das lutas sociais


Convocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.



Assinam esse documento:


Eduardo Galeano - Uruguai

István Mészáros - Inglaterra

Ana Esther Ceceña - México

Boaventura de Souza Santos - Portugal

Daniel Bensaid - França

Isabel Monal - Cuba

Michael Lowy - França

Claudia Korol - Argentina

Carlos Juliá – Argentina

Miguel Urbano Rodrigues - Portugal

Carlos Aguilar - Costa Rica

Ricardo Gimenez - Chile

Pedro Franco - República Dominicana


Brasil:

Antonio Candido

Ana Clara Ribeiro

Anita Leocadia Prestes

Andressa Caldas

André Vianna Dantas

André Campos Búrigo

Carlos Nelson Coutinho

Carlos Walter Porto-Gonçalves

Carlos Alberto Duarte

Carlos A. Barão

Cátia Guimarães

Cecília Rebouças Coimbra

Ciro Correia

Chico Alencar

Claudia Trindade

Claudia Santiago

Chico de Oliveira

Demian Bezerra de Melo

Emir Sader

Elias Santos

Eurelino Coelho

Eleuterio Prado

Fernando Vieira Velloso

Gaudêncio Frigotto

Gilberto Maringoni

Gilcilene Barão

Irene Seigle

Ivana Jinkings

Ivan Pinheiro

José Paulo Netto

Leandro Konder

Luis Fernando Veríssimo

Luiz Bassegio

Luis Acosta

Lucia Maria Wanderley Neves

Marcelo Badaró Mattos

Marcelo Freixo

Marilda Iamamoto

Mariléa Venancio Porfirio

Mauro Luis Iasi

Maurício Vieira Martins

Otília Fiori Arantes

Paulo Arantes

Paulo Nakatani

Plínio de Arruda Sampaio

Plínio de Arruda Sampaio Filho

Renake Neves

Reinaldo A. Carcanholo

Ricardo Antunes

Ricardo Gilberto Lyrio Teixeira

Roberto Leher

Sara Granemann

Sandra Carvalho

Sergio Romagnolo

Sheila Jacob

Virgínia Fontes

Vito Giannotti


Para subscrever esse manifesto, clique no link: http://www.petitiononline.com/ boit1995/petition.html



Saudações Socialistas
do amigo
Marcelo Durão

"Revolucionários do Brasil"
Fogo no Pavio - Fogo no Pavio

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

COLABORAÇÃO DE ODÉCIO MENDES ROCHA

HONDURAS: GOLPE MILITAR DA DIREITA?

O ciclo de ditaduras na América Latina é de 15 a 20 anos, segundo Celso Furtado. Os políticos de modo geral ainda pensam que ainda é possível instalar autoritarismos, tanto de direita como de esquerda. De direita, temos os nazi-fascismos; e de esquerda, o socialismo real, como na antiga União Soviética, em Cuba e na China. Eles não sabem sequer que o capitalismo clássico morreu. E a sua morte inviabilizou o marxismo ortodoxo, baseado no stalinismo. Não sabem, também, que muitas categorias da obra de Karl Marx, O Capital, já estão ultrapassadas.

A população, de um modo geral, ainda não se conscientizou, que depois da revolução eletrônica informatizada, foram destruidos todos os sistemas que viam na produção uma categoria fundante, o motor da História etc. Estes sistemas estão o capitalismo clássico e sua modernização tardia – o socialismo real. A revolução de micro-eletrônica do pós-guerra (1945), eliminou de vez, numa revolução silenciosa, sem precisar de lutas armadas e sangrentas, o capitalismo e o socialismo real.

Não sei para quê ditaduras: Para combater os marxistas? Para moralizar a nação? Para colocar fim à violência, à fome? Qual álibi que os golpistas pretendem inventar, agora?

Os marxistas estão perdidos. Moralizar a nação, isto é impossível. Colocar fim à violência , à fome e ao desemprego, é inviável. Não sabem quanto mais avanço na tecnologia de ponta, mais desemprego estrutural aumentará no mundo inteiro. Então, qual justificativa será inventada?

Será que não sabem, que a crise civilizacional, já desmoronou até com o neo-liberalismo (vide Conferência on-line do filósofo Enrique Dussel, Crise de Civilização e O Fim do Neoliberalismo). Será que não sabem que o mundo da antiga civilização milenar já chegou ao seu fim, e não terá mais volta?...

Se o golpe da direita hondurenha permanecer vitoriosa, então, a América Latina estará em extremo perigo. Se Honduras optar por uma ditadura militar, já deu possibilidade para implantar ditaduras militares, novamente, em toda América Latina. Quê fazer? Apelar para OEA, para impedir o andamento do monstrengo histórico pior do que o Arquipélago Gulag (campo de concentração soviético, onde matou milhões de pessoas inocentes, torturas, segundo o dissidente soviético Alexanre Soljenitsin).

Enfim, teremos que fazer qualquer coisa para impedir novas tsunamis históricas.

ODÉCIO MENDES ROCHA

Profissão : Filósofo itinerante

RG.: 444.237 SSP-CE

Blog: mendesrochalenitivo.blogspot.com

E-mail: mendesrocha2@gmail.com

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Aos Colegas Professores

Aos Colegas Professores

*Augusto César Tavares

Setembro, tarde quente. Gritos de desespero. O despreparo do guarda reproduz uma cena cinematográfica. Apesar da crueldade, prossigo e embarco em mais uma viagem de um Paranjana lotado. Irreligioso, finjo ter coragem. Em pé nos degraus, observo uma frase que recomenda: não estacione aqui. À minha direita, duas senhoras conversam futilidades. Aborrecido, cansado e pensando na notícia da morte de um colega que morrera e que tivera da sua vida, a dignidade subtraída, fujo pra esquerda. Vejo-me diante de uma figura exuberante. Incomum. Difícil explicar: a face parece que fora acarinhada por um colibri, O olhar enternecido, amaciado por uma cor que sugere tenacidade. Os lábios, impossível descrever, contudo, não consigo parar de admirar aquele sorriso peralta.

Procuro desviar minha atenção, afinal, tenho motivos suficientes para saber que o amor à primeira vista não tem fundamentação científica, e pelo o que me consta, meu lado afetivo, difere da minha vida profissional que em contrapartida, merece ser valorizada. Viagem ligeira, mas ainda encontro espaço para observar a poluída lagoa da Parangaba. Outra vez escorrego o olhar temerosamente. O belo às vezes nos causa medo. As futilidades das duas senhoras dissipam-se diante do enigmático pensamento que busca em vão reconhecer belíssima criatura. O condutor para o veículo e eu desço, ou melhor, desceram-me. Ainda desvencilhando-me da multidão, sou novamente levado para aquele sorriso peralta e surpreendido por uma interjeição afirmativa que provoca um diálogo no mínimo rejuvenescedor:

_Professor, lembra de mim!

Pronto. Estava desfeito o mistério. A partir daí conversamos sobre cinema, o quinto semestre de administração, poesia, iniciação a pesquisa, a rispidez do viver, o mestrado, os novos sonhos, os objetivos, os ideais, os projetos e lamentei não termos conversado a respeito de política. No entanto, estava contente, pois me senti diante uma mulher de vinte e três anos que se dizia grata por ter sido minha aluna na sétima série, ao passo que eu, atribuía a ela, os meus cabelos embranquecidos.

Despedi-me, recebi um aperto de mão fortalecedor e antes de subir no próximo coletivo fiz-me uma pergunta sincera, digna de um professor de matemática. Qual a probabilidade de um encontro casual acontecer duas vezes em menos de meia hora?

· Professor da Rede Municipal de Ensino da Cidade de Fortaleza.


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

BECO DA POEIRA


Caros amigos, creio que deve sim ter uma CPI para investigar o Beco da Poeira, a APROVACE e a Prefeitura também, pois a PMF recebeu R$ 4 milhões do METROFOR para desapropriar toda a área do quarteirão do "esqueleto" e só desapropriou a metade da área.

Para onde foi o restante do dinheiro? Por que a prefeitura insiste em ficar com o "esqueleto" e mandar o Beco para a falida fábrica Tomaz Pompeu em frente ao hospital César Cals? Como ficará o hospital com o barulho na fábrica? Por que a obra da fábrica não teve licitação? E qual a relação da construtora Beta com a campanha de Luizianne?

Por que parte da Câmara insiste em não ouvir os permissionários e as lideranças do Beco, preferindo acusar a entidade de corrupta? É melhor dividir os ambulantes para "pior" governar? Por que a imprensa não noticia que os permissionários que estavam na Cãmara ontem foram uníssonos em ir para o "esqueleto", e não querem ir para a fábrica?

E mais, que a oposição no beco e a própria prefeitura foram vaidas pelos ambulantes na Câmara? Tem muito mais perguntas, mas por enquanto é só. Com toda justiça espero que saia a CPI, embora seja uma Cãmara submissa à prefeitura. Abraços!