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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Entenda a COP 15


A COP-15, 15ª Conferência das Partes, realizada pela UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de 7 a 18 de dezembro deste ano, em Copenhague (Dinamarca), vem sendo esperada com enorme expectativa por diversos governos, ONGs, empresas e pessoas interessadas em saber como o mundo vai resolver a ameaça do aquecimento global à sobrevivência da civilização humana.

Não é exagero. De acordo com o 4º relatório do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão que reúne os mais renomados cientistas especializados em clima do mundo, – publicado em 2007, a temperatura da Terra não pode aumentar mais do que 2º C, em relação à era pré-industrial, até o final deste século, ou as alterações climáticas sairão completamente do controle.

Para frear o avanço da temperatura, é necessário reduzir a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, já que são eles os responsáveis por reter mais calor na superfície terrestre. O ideal é que a quantidade de carbono não ultrapassasse os 350ppm, no entanto, já estamos em 387ppm e esse número cresce 2ppm por ano.

Diminuir a emissão de gases de efeito estufa implica modificações profundas no modelo de desenvolvimento econômico e social de cada país, com a redução do uso de combustíveis fósseis, a opção por matrizes energéticas mais limpas e renováveis, o fim do desmatamento e da devastação florestal e a mudança de nossos hábitos de consumo e estilos de vida. Por isso, até agora, os governos têm se mostrado bem menos dispostos a reduzir suas emissões de carbono do que deveriam.

No entanto, se os países não se comprometerem a mudar de atitude, o cenário pode ser desesperador. Correremos um sério risco de ver:
- a floresta amazônica transformada em savana;
- rios com menor vazão e sem peixes;
- uma redução global drástica da produção de alimentos, que já está ocorrendo;
- o derretimento irreversível de geleiras;
- o aumento da elevação do nível do mar, que faria desaparecer cidades costeiras;
- a migração em massa de populações em regiões destruídas pelos eventos climáticos e
- o aumento de doenças tropicais como dengue e malária.

COP-15: É AGORA OU NUNCA!

Apesar de a UNFCCC se reunir anualmente há uma década e meia, com o propósito de encontrar soluções para as mudanças climáticas, este ano, a Conferência das Partes tem importância especial. Há dois anos, desde a COP-13 em Bali (Indonésia), espera-se que, finalmente, desta vez, tenhamos um acordo climático global com metas quantitativas para os países ricos e compromissos de redução de emissões que possam ser mensurados, reportados e verificados para os países em desenvolvimento.

A Convenção vai trabalhar com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Isso significa que os países industrializados, que começaram a emitir mais cedo e lançam uma quantidade maior de CO2 e outros gases de efeito estufa na atmosfera em função de seu modelo de crescimento econômico, devem arcar com uma parcela maior na conta do corte de carbono. Por isso, a expectativa é de que os países ricos assumam metas de redução de 25% a 40% de seus níveis de emissão em relação ao ano de 1990, até 2020.

Os países em desenvolvimento, por sua vez, se comprometem a reduzir o aumento de suas emissões, fazendo um desvio na curva de crescimento do “business as usual” e optando por um modelo econômico mais verde. É isso o que fará com que Brasil, Índia e China, por exemplo, possam se desenvolver sem impactar o clima, diferentemente do que fizeram os países ricos.

Para mantermos o mínimo controle sobre as consequências do aquecimento global, a concentração global de carbono precisa ser estabilizada até 2017, quando deve começar a cair, chegando a ser 80% menor do que em 1990.

Fonte: Thays Prado - Edição: Mônica Nunes
Planeta Sustentável - 18/09/2009


Obs.: Isso se o capital não falar mais alto. O que certamente ocorrerá. :(

4 comentários:

nova utopia disse...

midspeVocês não entenderam que "novo
capitalismo" entrou numa numa depressão econômica contínua (Mészáros), sem haver mais retorno para a economia mundial? Vocês não leram o meu artigo "Aquecimento Global" - jornal O POVO - seção Opinião? Onde mostro as raizes da problemática - onde os diagnóstico científicos fracassados,tornaram-se um problema político? Sendo um problema eminentemente político,a problemática ecológica foi por água abaixo? Porque caindo no âmbito político, haverão muitas estratégias - próprio da política -
a arte de enganar a população em benefício próprio, de mentir, de tirar proveitos em detrimento do povo inocente, de desviar a atenção
dos reais problemas político-econômicos para fim iminente do mundo etc.
A crise de subjetividade pela qual passamos, dá-nos uma sensação irracional de síndrome de pânico, de falta de identidade, de fim do mundo, falta de sentido na vida etc. Acho que o grande perigo, sem subestimar o problema ecológico, está em um futuro não muito longe, que as nações ficarão tão pobres,que por falta de manutenção, as usinas e arsenais nucleares, poderão explodir em seus
próprios territórios de origens ...

Um abraço
Odécio Mendes Rocha

Konsito - Lane Lima disse...

Para mim, a problemática ecológica é sim eminentemente política. E discutir esse problema político não é desviar a atenção dos "reais problemas políticos-econômicos", pelo contrário, é colocá-los na ordem do dia.

Quanto crer que resolvendo os problemas sociais resolveremos os problemas ecológicos, espero realmente que ainda estejamos aqui para resolvê-los.

Não acredito em dogmas, muito menos o de que a natureza é um mera fonte de recursos.

nova utopia disse...

Konsito - Lane Lima

Suas palavras parecem um dogma, não acha? Acho que você(s) não leu nada o que mencionei. Não quís dizer nada disso que está a dizer.
Você não entendeu o nó da questão.
Disse no meu artigo Aquecimento Global, jornal O Povo - seção Opinião -, que os dados científicos
não correspondem a mais nada. E essas verdades migraram para a Política. Esta Política capenga só sabe mentir, prometer, enganar os tolos sobre um iminente fim do mundo com TSUNAMIS gigantescas, a mentira do calendário Maia (2012);
2013 do vidente Juscelino, outra mentira; e a 2025 dos cientistas perdidos. E não acredito que resolveremos a problemática da crise civilizacional através da Ecologia, com suas propostas targiversadas...

Um abraço
Odécio Mendes Rocha - Filósofo vocacionado por amor à humanidade.

Konsito - Lane Lima disse...

Desculpe se não fui capaz de compreender o seu comentário.

Eu, particularmente, me baseio em duas teorias da linha geogênica:

1. Da Geogênese: Ou seja, processos naturais. Onde a Terra passa por um ciclo de mudanças, causado pelos movimentos orbitais, do eixo e de precessão, que fazem com que o planeta se aproxime do sol, recebendo mais calor e, consequentemente, se aquecendo.
Quando estes três fatores atuam conjuntamente temos um aumento da temperatura, aumento do nível do mar, além de mais abalos sísmicos (o que ocasiona as tsunamis).

2. Antropogênese: Com o aumento da emissão de CO2, intesificado após a Revolução Industrial, o homem vem acelerando todo esse processo.

Aquecimento Global, portanto, no meu humilde entendimento, significa uma intesificação do efeito estufa através do aumento da emissão de CO2, principalmente após a Revolução Industrial.

Não defendo a teoria do fim do mundo, até porque ele não se acabará, apenas haverá uma mudança nas condições propícias para a vida no planeta.

Assim como o post das citações de Milton Santos, repudio o alardismo da mídia e de tais cientistas que apenas amedrotam a população sem mostar a real causa e significado da problemática ambiental que vivemos. A apropriação do discurso ambientalista pelo capitalismo não significa que as mudanças naturais são inexistentes.

E ambientalismo é diferente de ecologismo.

Abraços.